[:pb]Ada Lovelace, entre os anos de 1842 e 1843, foi a responsável pelo primeiro algoritmo criado para ser processado por uma máquina, permitindo que o dispositivo computasse os valores de funções matemáticas e publicasse uma coleção de notas sobre a máquina analítica. O feito rendeu a ela o título de primeira programadora de história.
De lá para cá, porém, as mulheres têm sido minoria no segmento de tecnologia. A despeito do pioneirismo de Ada Lovelace, atualmente as atividades relacionadas à área são quase que totalmente dominadas por homens, mas já há nomes de peso, responsáveis por operações-chave, em empresas reconhecidas: Sheryl Sandberg, Diretora de Operações do Facebook, Meg Whitman, CEO da HP, Marissa Mayer, CEO do Yahoo! e Ginni Rometty, CEO da IBM, por exemplo, são profissionais de destaque que alcançaram posições de liderança em empresas globais de tecnologia e que estão liderando um movimento cada vez mais consistente de reconhecimento.
A consciência da disparidade, entretanto, é o primeiro motor para a mudança. Há cada vez mais preocupação a respeito do tema e a mobilização para alterar o status quo ganha cada vez mais força entre as empresas do ramo – inclusive no Brasil.
Para atingir este objetivo, é importante que haja sinergia e que a o processo seja orgânico e amplo. No país, por exemplo, o engajamento já é bastante relevante: iniciativas como o Programaria, que organiza cursos, workshops e palestras com a missão de “empoderar meninas e mulheres por meio da tecnologia”, e o MinasProgramam, que oferece cursos básicos (lógica de programação e desenvolvimento web), tutoria e oficinas abertas ao público.
O próximo passo é respaldar as mudanças no ambiente corporativo. Na Areco, por exemplo, o quadro de colaboradores reflete a preocupação com a inclusão de mulheres no segmento de tecnologia: 29% da equipe é do sexo feminino, margem próxima à encontrada em mercado mais maduros, como os Estados Unidos, onde a taxa beira os 30%.
Diante deste cenário – que, muito embora não seja o ideal, vem notavelmente evoluindo nos últimos anos –, vale a pena celebrar o Dia Internacional da Mulher com energia e confiança.
