[:pb]Em 2016, de acordo com informação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o segmento industrial respondeu por 21,6% do PIB brasileiro. Apesar das incertezas políticas e econômicas que paralisaram o país, as empresas do setor estão constantemente em busca de formas inovadoras e consistentes para superar os desafios da atualidade, mantendo-se saudáveis e lucrativas. Em esforço concentrado para desbravar um ambiente volátil, dinâmico e altamente competitivo, as indústrias precisam estar atentas às mudanças sociais e tecnológicas que alteram a realidade cotidiana — e que, por sua vez, impactam diretamente na forma de produzir e comercializar os artigos derivados da atividade produtiva.   Neste 25 de maio, Dia da Indústria, aproveitamos para apontar os principais desafios que estão sendo enfrentados pelas indústrias brasileiras, fornecendo um panorama transparente das conquistas e das mazelas que assolam um dos segmentos mais relevantes ao crescimento nacional.  

1. A evolução da indústria

De 1760 a 1840, o mundo viveu a Primeira Revolução Industrial, suscitada pelo desenvolvimento das máquinas a vapor. Em 1850, a Segunda Revolução Industrial foi possibilitada em função dos avanços na indústria química, elétrica, de petróleo e aço. Cem anos depois, por fim, em 1950, a Terceira Revolução Industrial tomou seu curso: as novas tecnologias (e principalmente a internet) mudaram a sociedade, a economia e, claro, as indústrias. Atualmente, é bastante comum que haja menção a uma Quarta Revolução Industrial, designando o conceito de Indústria 4.0 para se referir a fábricas inteligentes que reúnem inovações tecnológicas e TI para aprimorar processos. De acordo com teóricos que buscam defini-lo e propaga-lo, o termo pressupõe principalmente uma dualidade produtiva: embora ainda haja a massificação, o interesse em personalização é pungente. Para isso, as técnicas dinâmicas de engenharia e negócios despontam como poderosos diferenciais, permitindo que alterações de última hora, voltada a atender com mais aderência às demandas de consumo, sejam possíveis e viáveis. É neste contexto de intensa transformação que as manufaturas brasileiras estão perseguindo a sobrevivência e/ou o crescimento de suas operações.

2. Os principais desafios do setor industrial

Para acompanhar a evolução da área, as empresas brasileiras se deparam com desafios que partem da necessidade de realizar altos investimentos (imprescindíveis para que atualizados os equipamentos utilizados, atualizando-os em função das novas tecnologias disponíveis) e se estendem à adaptação exitosa de processos internos, visando atender com propriedade às novas demandas do mercado — que são muitas, além de cada vez mais exigentes. Em levantamentos recentes, empreendidos e divulgados por órgãos como a CNI e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), destaca-se a postura imperativa de colaboração entre governo, sociedade e grupos industriais com vistas a conduzir o segmento nacional à Quarta Revolução Industrial. Por fim, vale mencionar as considerações de um relatório produzido pelo MDIC. O documento, intitulado “Perspectivas de especialistas brasileiros sobre oportunidades e desafios para a manufatura avançada no Brasil”, lista como principais desafios:
  • Convergência e integração tecnológica;
  • Desenvolvimento de cadeias produtivas;
  • Recursos humanos;
  • Infraestrutura;
  • Regulação.

3. As oportunidades do setor industrial

Não seria equivocado afirmar que os principais desafios são, também as mais significativas oportunidades para o segmento. Ao liderar as transformações, ajustando e aprimorando as áreas mais sensíveis à evolução industrial, as empresas de vanguarda certamente reunirão vantagens competitivas que serão determinantes para o sucesso e para a perenidade da atividade produtiva. Apesar da postura fundamental que reside no hábito de cultivar uma visão ampla e idealista, cujos resultados só deverão ser sentidos a médio e longo prazos, é indispensável que os líderes industriais estejam atentos ao que acontece hoje e agora em seus processos e operações fabris.  

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