Inadimplência de empresas atinge recorde em março

inadimplência de empresas atinge recorde em março

O Brasil registrou, em março de 2025, o maior número de empresas inadimplentes desde o início da série histórica (em 2016) do Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Ao todo, 7,3 milhões de CNPJs estão em situação de inadimplência, representando 32% das empresas brasileiras. O montante de dívidas chega a R$169,8 bilhões.

Os setores mais afetados são Serviços (53%), seguido por Comércio (35%) e Indústria (8%). Micro e pequenos negócios, que geralmente operam com margens mais estreitas e acesso limitado ao crédito, lideram as estatísticas de inadimplência.

Em termos proporcionais, os estados com maiores taxas de empresas negativadas são Distrito Federal (41%), Alagoas (40,3%) e Pará (39,8%). Já em números absolutos, São Paulo lidera o ranking, com mais de 2,5 milhões de empresas inadimplentes. Já na outra ponta, Santa Catarina, Espírito Santo e Piauí apresentam os menores percentuais de empresas negativadas.

Segundo análise da Serasa Experian, o cenário é resultado da combinação de crédito mais escasso, custo do dinheiro elevado e ritmo lento da economia.

“Esse é o segundo mês consecutivo de alta na inadimplência entre as empresas, o que reforça os sinais de dificuldades financeiras em um cenário marcado por juros elevados, restrição ao crédito e desaceleração econômica”, avalia a economista da Serasa, Camila Abdelmalack.

Escalada da Selic

Parte importante desses números está ligada ao ciclo de alta da taxa Selic, que teve início em março de 2021. Na época, a taxa estava em 2% ao ano – o menor nível histórico. O movimento foi uma resposta do Banco Central ao avanço da inflação, impulsionada pela retomada econômica pós-pandemia de covid-19. Porém, fatores internos também contribuíram, como a crise hídrica que impulsionou os custos de energia.

Entre março e setembro de 2021, a Selic passou por cinco aumentos consecutivos, atingindo 6,25% ao ano. Em agosto de 2022, após 12 elevações seguidas, chegou ao pico de 13,75%. Apesar de cortes realizados entre agosto de 2023 e maio de 2024, que reduziram a taxa para 10,5%, uma nova alta foi promovida em setembro de 2024, elevando a Selic para 10,75% ao ano. Desde então, já foram seis altas consecutivas e a Selic está no maior patamar em 20 anos, com juros básicos em 14,75% ao ano. O mercado prevê que ela se mantenha elevada ao longo de 2025, com quedas graduais a partir de 2026.

Essa política monetária conseguiu conter parcialmente a inflação. Em novembro de 2021, o índice estava em 10,74% e recuou para 4,83% em 2024. Mas os efeitos colaterais foram severos e tiveram consequência em cascata.

Efeitos no ambiente empresarial

Com juros mais altos, os empréstimos se tornam menos acessíveis e mais onerosos, especialmente para pequenos negócios, que geralmente têm menos garantias e margem de negociação com instituições financeiras. Ao mesmo tempo, as famílias se retraem: o financiamento de bens duráveis, imóveis e serviços se torna mais caro, e a inflação acumulada reduz o poder de compra da população. Isso leva a uma queda generalizada no consumo e, consequentemente na demanda por produtos e serviços.

O varejo viu a demanda diminuir ao longo do período; o setor de serviços perdeu dinamismo; e a indústria passou a operar com capacidade ociosa, impactando a produção. Diante dessa situação, as empresas enfrentaram uma pressão crescente sobre seus fluxos de caixa. De um lado, viram suas receitas encolherem pela redução nas vendas; de outro, seus custos de capital aumentaram, tanto para manter operações quanto para renegociar dívidas ativas. O ambiente tornou-se, portanto, adverso para investimentos, expansão e até mesmo para a manutenção de empregos.

Essa combinação de fatores comprometeu a sustentabilidade financeira de muitas empresas. Ao invés de buscar crescimento, elas passaram a lutar para manter as operações, cortar custos e evitar a inadimplência, o que resultou no aumento do número de empresas negativadas. Os dados registrados em 2025 são um reflexo direto dessa política monetária.

Com a maré alta, respira quem se planejou

A sobrevivência e o crescimento dos negócios dependerão, em grande medida, da capacidade dos gestores de adotarem soluções integradas e orientadas por dados. Em um ambiente de negócios, nada está isolado. É por meio da contabilidade que se torna possível interpretar a realidade com clareza.  E a Areco pode ajudar uma empresa a se programar por meio de estruturas bem definidas:

1. Organização e Integração dos dados:

A Areco ajuda a estruturar a base informacional. Com sistemas e módulos que se comunicam entre si, o Areco ERP garante que os dados estejam centralizados, confiáveis e atualizados. Isso permite que os gestores tenham uma visão clara do presente para tomar decisões com base em fatos, e não em suposições.

2. Planejamento e Projeções de longo prazo:

Com ferramentas como Planejamento Orçamentário, Custos e Formação de Preços e Gestão de Contratos, a Areco permite que a empresa simule cenários, projete receitas e despesas e crie estratégias consistentes. É possível comparar o planejado com o realizado, identificar desvios e ajustar o rumo antes que problemas se tornem críticos.

3. Automação de rotinas e Ganho de eficiência:

Ao automatizar processos operacionais e reduzir retrabalho, a Areco libera tempo e energia da equipe para outras áreas. Além disso, os alertas, aprovações inteligentes e integrações com outras plataformas reduzem o risco de erro humano e aumentam o controle sobre a operação.

Conte com a Areco, empresa de tecnologia com mais de 37 anos de atuação, que utiliza seus produtos para planejar e operar com visão de longo prazo.

Fique por dentro das novidades