O dólar com cotação beirando os R$6 tem sido o pesadelo de muitas pessoas e, principalmente, empresas. Comprar matéria-prima, negociar com fornecedores e clientes e proteger o patrimônio requer calma, porém com postura arrojada. Todos os segmentos empresariais estão suscetíveis à oscilação da moeda americana – seja diretamente, com negociações que são atreladas ao dólar, ou por conta da inflação que também está totalmente relacionada à desvalorização do Real.
Tenha coragem de renegociar
Investir, crescer e levar os negócios ao próximo nível pode passar pela fase do empréstimo bancário. É prática comum no mundo corporativo fazer financiamento para compra de insumos, investimento em estoque ou até estratégias de expansão que passam por compra de imóveis, construção de planta fabril e atualização de equipamentos. Em certos casos, o financiamento pode estar atrelado ao dólar e a alta da moeda leva os custos a patamares impraticáveis.
A solução é renegociar. Ambas as partes (empresa e instituição financeira) têm interesse em que o empréstimo seja quitado, então tenha a certeza de que o gerente da instituição vai estar aberto a ouvir propostas de renegociação. Hoje é possível, inclusive, fazer a portabilidade de financiamento de um banco para outro. Então, avalie a melhor opção. O mais importante é cuidar da saúde financeira da empresa.
Uma alternativa viável para empréstimos futuros e mais seguros contra a variação cambial é o hedge cambial. Ele protege investimentos da volatilidade do mercado de câmbio. O hedge cambial imobiliza os valores da cotação da moeda estrangeira, garantindo o preço da data do negócio. Ele também pode ser utilizado para comprar ou vender ativos.
Cabe ao gestor financeiro da empresa avaliar a melhor opção para proteger o patrimônio, administrar investimentos e empréstimos e garantir a saúde financeira da corporação.
Repense estratégias
Pode ser frustrante interromper ou adiar um projeto, mas diante do cenário de alta do dólar, inflação acima da meta no Brasil e aumento contínuo da taxa Selic, é importante reavaliar estratégias com custos elevados. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), a perspectiva para os próximos meses é que essa combinação de fatores continue ativa. Além disso, analistas econômicos ouvidos pela Federação analisam que o pacote de corte de gastos, recentemente aprovado pelo Congresso Nacional, não será suficiente para equalizar as contas públicas da União. O aumento do chamado “risco Brasil” deve continuar espantando investidores e pressionando a valorização do dólar.
Todo esse cenário econômico deve ser bem analisado por empresários e gestores antes de levar um novo projeto adiante. Talvez, a melhor estratégia para a empresa seja se proteger dessa variação com cautela no fluxo de caixa para que uma decisão futura (de compra de uma nova máquina, por exemplo) seja tomada com mais assertividade.
Engaje o time
Se a decisão, no momento, é reduzir gastos, os colaboradores devem estar engajados no processo. Para tanto, comunicação é fundamental. Seja transparente com a equipe, apresente dados, o cenário macroeconômico e mostre que precisa da colaboração de todos para conseguir passar pelo momento de turbulência.
Uma equipe conectada aos objetivos e à situação da empresa terá muito mais empatia para encontrar soluções criativas que otimizem o processo. Especulações e medo de demissões trazem um clima pesado e colaboradores descontentes. Por isso, mostre que confia neles e tenha um time engajado no controle de despesas.
Converse com fornecedores
Acredite, seus fornecedores passam pela mesma situação que você. Em alguns casos, podem viver um cenário até pior por fazerem negociações diretamente em dólar. Então, a flutuação cambial – com tendência de alta nos próximos meses – é uma oportunidade para unir esforços. Converse com cada um para negociar condições de pagamento, remessas de pedidos, substituição de insumos que não interfiram na qualidade final do produto.
Também vale procurar por fornecedores que trabalhem matéria-prima nacional, quando possível. O recurso Price Search, do Areco ERP, pode ajudar na negociação com fornecedores. Ele automatiza e compara cotações feitas com fornecedores previamente cadastrados
Planeje o futuro
Medidas enérgicas podem ser necessárias momentaneamente para sobreviver à turbulência do mercado com o dólar em alta. Mas, como a previsão é que a moeda siga essa tendência a médio prazo, é essencial traçar um plano para voltar a ter ganhos mais expressivos a médio e longo prazos.
Dedique um tempo para analisar relatórios e dados (internos, da empresa, e externos, da situação macroeconômica) e fazer um planejamento de metas. Com a rota traçada, o caminho fica mais claro e você pode colocar em prática ações que permitam a retomada de crescimento. Empresas sem planejamento tendem a ficar mais suscetíveis a oscilações econômicas. O Areco Dashboards é o recurso que facilita essa análise, com painéis que mostram em tempo real informações do andamento da empresa.
Para seguir todas as orientações, conte com o Areco ERP. Ele integra os setores da sua empresa e dá total controle para você tomar as melhores decisões. O Areco ERP conta com o módulo Comércio Exterior. Ele dá suporte para importação, exportação, transações em moedas estrangeiras e controle de invoices.
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