Areco Sistemas Empresariais

Segundo o balanço anual do ano de 2021 divulgado pela ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimento), a indústria brasileira de alimentos e bebidas é a maior do País, representando 10,6% do PIB brasileiro. Seu importante papel pode ser destacado pelo fato desse segmento ser responsável pela geração de 1,72 milhão de empregos formais e diretos. Se comparado ao ano anterior, o faturamento do ramo cresceu em 16,9%.

Junto a essa crescente, vem a responsabilidade de se atentar a fiscalização dos estabelecimentos, cujo objetivo é assegurar o cumprimento das condições de segurança e higiene necessárias, determinadas conforme a resolução RDC nº 275/2002 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A criação do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF), além de fazer parte das exigências da ANVISA, também compõe o sistema de gestão ISO 22000 e a certificação FSSC 22000, e dizem respeito a um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos e outros serviços do mesmo segmento. Adotar as BPF é indispensável para assegurar que haja as condições de segurança e qualidade essenciais na fabricação de alimentos.

O que deve conter no Manual Boas Práticas de Fabricação?

Antes de elaborar o Manual de Boas Práticas de Fabricação, é preciso ter certeza do comprometimento da alta gestão da sua empresa em estabelecer um processo produtivo que cumpra à risca o que é imposto pela legislação. Além disso, vale acompanhar o coordenador de cada área para fazer a checagem das condições de segurança e higiene do ambiente, para além do passo mais importante: a conscientização da equipe.

Após realizar essa etapa preliminar, entra a elaboração do documento, formado pelos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs).

Procedimentos Operacionais Padrão

Descreve o procedimento de maneira objetiva, com foco em estabelecer instruções sequenciais para a rotina de higienização, produção, armazenamento e transporte de alimentos. Esta parte do documento deve conter:

  • Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios;
  • Controle da potabilidade da água;
  • Higiene e saúde dos manipuladores;
  • Manejo dos resíduos;
  • Manutenção preventiva e calibração de equipamentos;
  • Controle integrado de vetores e pragas urbanas;
  • Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens;
  • Programa de recolhimento de alimentos.

Os POPs devem, ainda conforme exigências da ANVISA para indústria de alimentos e bebidas, ser aprovados, assinados e datados pelo responsável técnico, responsável pela operação, responsável legal e/ou proprietário do estabelecimento. Ao assinar esse documento, o signatário está firmando um compromisso com a implementação, monitoramento, avaliação, registro e manutenção das BPF.

Dicas para implantação das Boas Práticas de Fabricação no setor alimentício

  • Mapeie os processos da empresa por meio de fluxogramas antes de iniciar a criação do Manual BPF, isso ajudará não só a delinear o que está sendo descrito, como a diagnosticar atrasos e procedimentos incorretos;
  • Utilize checklists para avaliar as condições de segurança e higiene;
  • Além dos treinamentos, distribua informativos em mãos para os colaboradores e cartazes nos departamentos, visando instruir cada pessoa sobre a higienização, uso dos EPIs etc.
  • Atualize o documento com frequência.

Preciso de um software auxiliar as Boas Práticas de Fabricação?

Os softwares ERP (sigla para “Enterprise Resource Planning” ou, traduzindo para o português, “Planejamento de Recursos Empresariais”) são ferramentas imprescindíveis na evolução de qualquer negócio, visto que trazem uma série de vantagens, tais como automatização de processos, eliminação de erros por digitação e integração entre as áreas de negócio. Sendo assim, um ERP auxilia não só as Boas Práticas de Fabricação, mas qualquer outro procedimento da sua empresa.

Obviamente, nem todos os softwares ERP terão os recursos necessários para a gestão das BPF, visto que as funcionalidades contidas em cada software variam conforme a empresa que o desenvolve. O ERP Areco, por exemplo, temos funcionalidades que atendem a todos os tópicos descritos abaixo, dado ao fato de que nosso sistema já conta com inúmeros recursos voltados a indústria de alimentos e bebidas.

Sabendo disso, a resposta para a pergunta “preciso de um software para auxiliar as BPF?” varia conforme o porte da sua empresa. Ao passo que empreendimentos de pequeno porte podem encarar a aquisição de um ERP como um facilitador para os seus processos, as médias e grandes organizações dificilmente conseguem operar sem o uso de um software, principalmente no que se refere as indústrias de alimentos e bebidas, que devem ter um controle estrito do planejamento e controle de produção.

Na prática, o ERP Areco auxilia no controle do que é tido como BPF em sua empresa. Isso se dá pelos seguintes recursos:

Ferramentas, máquinas e equipamentos

  • Gestão das suas ferramentas, máquinas e equipamentos inclusos ou não no processo de fabricação;
  • Cadastro do uso de casa um dos itens, ou seja, uma máquina única não poderá ser imputada a mais de um colaborador ou ser inserida em dois processos em simultâneo;
  • Controle sobre as manutenções necessárias para cada item.

Geração de informações nutricionais

  • Permite inserir as informações nutricionais conforme a proporção comercializada;
  • Disponibiliza a impressão das etiquetas nutricionais, extinguindo a necessidade de programas de terceiros;
  • Permite o cadastramento prévio da tabela de nutrientes de cada produto;
  • Permite o controle nutricional de todos os produtos comercializados.

Laudos técnicos sob medida

  • Permite a configuração prévia dos resultados esperados nos testes de cada produto, isso faz com que, ao cadastrar um laudo para determinado item, o sistema automaticamente informe se foi aprovado ou não;
  • Possibilita o cadastramento de laudos técnicos, tanto para matéria-prima quanto para produtos acabados, catalogando os padrões esperados;
  • Proporciona a impressão de layout personalizado dos laudos técnicos, sendo possível enviá-los por e-mail diretamente do sistema, inclusive automaticamente com o processo de faturamento;
  • Grava o histórico dos laudos técnicos realizados para cada item.

Práticas de Qualidade (ISO)

  • Permite a definição de quais produtos deverão passar pela análise de IQF (Índice de Qualidade do Fornecedor), além de possibilitar a definição de critérios para análise de cada item;
  • Possui gerenciamento da qualidade dos itens e fornecedores por meio da função SkipLote;
  • Rastreabilidade do estoque por lote, data de consumo preferencial, data de validade etc.
  • Controle de Devoluções de Clientes e Fornecedores com estatísticas de motivos e aprovações do Workflow dos departamentos interagindo automaticamente com financeiro, estoques e faturamento.

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